O Mundo das Orquídeas

As orquídeas estão, sem sombra de dúvidas, no grupo das
plantas mais belas do mundo. A beleza de suas flores, desde as mais simples, até as mais exóticas, encanta, a cada dia, mais e mais pessoas.


Criei este blog, por idéia de um amigo, e pretendo apresentar, de forma clara e simples, algumas dicas de cultivo, curiosidades e, é claro, a descrição de muitas espécies (e bota muitas nisso!!!), com fotos e tudo mais.


Espero que vocês gostem do blog! Aproveitem!!

___________________________________________Ivan

domingo, 19 de abril de 2009

Cattleya walkeriana

A Cattleya walkeriana é considerada uma das espécies de orquídeas mais belas, e é uma das mais famosas do mundo. Foi descoberta em 1839 por Gardner, próximo ao Rio São Francisco em Minas Gerais. Seu nome foi dado em homenagem ao seu fiel assistente, Edward Walker, que o acompanhou em sua segunda viagem ao Brasil, à serviço do Jardim Botânico de Ceilão, no Sri Lanka.
Hoje em dia, C. walkeriana é mundialmente conhecida e apreciada pelos belíssimos híbridos que produz. É encontrada em diferentes locais no Brasil, seja em pedras em Goiás, ou em troncos de árvores em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, sempre próximos a rios, lagos ou pântanos.
È uma planta de muito fácil cultivo, devido à sua grande facilidade de adaptação aos mais diferentes climas no Brasil, podendo ser cultivada em vasos piracicabanos (aqueles de cerâmica com furos), em vasos comuns com xaxim desfibrado (ecologicamente incorreto!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!) ou em casca de pinus (ecologicamente mais correto!!), em pequenos pedaços de casca de árvores (peroba, ipê, aroeira...), em placas de xaxim (ecologicamente incorreto!!!!) ou até mesmo em muros de pedra. Elas suportam muito bem a alta luminosidade, mas nunca direta, e detestam substrato encharcado. No inverno, quando as temperaturas estão mais baixas, deve-se diminuir a irrigação.
O pico da floração se dá por volta do mês de maio, e após esse período, lá por agosto, inicia-se a brotação pesada, período este em que se deve aumentar a rega e a adubação para a formação do bulbo vegetativo.
Em relação à divisão da planta, C. walkeriana é extremamente sensível. Para poupa-la, deve evitar a floração no ano seguinte à divisão, cortando os botões, com instrumentos esterilizados, logo que surgirem. Com este cuidado, ela economiza forças e não sofre tanto com a divisão.
As variações encontradas para as flores de C. walkeriana são: tipo lilás, alba (branca), coerulea (azulada), semialba (branca com labelo lilás), lilacínea (rosada), flamea (lilás com riscos púrpura), vinicolor (vinho), entre outras.
Bom pessoal, é isso ai! Espero que tenham gostado!! =D
________________________________________Ivan

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A Rainha das orquídeas brasileiras

Laelia purpurata Lindley



Essa espécie de orquídea é uma das mais famosas e apreciadas pelos orquidófilos de todo o mundo, e no Brasil, especialmente por gaúchos e catarinenses, que costumam chamá-la de “a rainha das orquídeas brasileiras”. Hoje em dia, a nomenclatura correta para esta espécie é Hadrolaelia purpurata, porém eu, assim como muitos outros adoradores desta planta, prefiro continuar chamando-a pelo antigo nome.
É nativa do Brasil, e se encontra em regiões de Mata Atlântica, distribuindo-se em faixas de mata nativa no litoral de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Estranhamente, essa espécie não ocorre no Paraná. De acordo com a região em que se encontra, sua floração pode ocorrer mais cedo ou mais tarde; no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a floração ocorre mais cedo, e vai se atrasando conforme se sobe para o estado de São Paulo.
Devido ao desmatamento desenfreado, L. purpurata sofreu grande perda de habitat, causando uma diminuição drástica no número de indivíduos. Também, era muito visada por mateiros, que coletavam essas espécies na natureza com o intuito de vender a colecionadores. Hoje, com os métodos de produção e multiplicação dessas orquídeas em laboratório, elas correm um risco muito menor.
Laelia purpurata Lindley (ou Hadrolaelia purpurata) possui uma floração magnífica, de flores belíssimas com pétalas e sépalas brancas, e labelo variando bastante na cor e no formato do seu colorido. Por esta grande variação no labelo, essa espécie possui dezenas de variedades diferentes, que vêm designadas após o epíteto específico.
Dicas de Cultivo:
Como todas as orquídeas, o cultivo da L. purpurata requer um pouco de atenção e dedicação. Então, para uma boa manutenção da planta, são necessárias regas abundantes durante o ano todo, especialmente durante os períodos mais secos, porém deve-se diminuir próximo ao período de floração (verão). Para a indução da floração, é de grande importância uma grande e constante variação térmica entre frio (13°C) e calor (35°C), e bastante luminosidade (sombreamento de 50%).
Podem ser cultivadas em vasos plásticos bem drenados, com substrato composto de casca de madeira (peroba ou pinus), casca de coco ou coco desfibrado e carvão.
Espero que tenham gostado!!!!!!!!!
_________________________________Ivan

quinta-feira, 26 de março de 2009

As orquídeas

Olá pessoal!!

Até que enfim estou postando aqui pela primeira vez!! Uhuuuuuuullllll!!!!
Com esse post, pretendo mostrar pra vocês, um pouquinho sobre esse grupo extraordinário de plantas.


O que são as Orquídeas?

As orquídeas pertencem a uma família de plantas denominada Orchidaceae e, com certeza, é a maior família dentre as Angiospermas (plantas com flores). Já foram descritas mais de 25.000 espécies e produzidos infindáveis híbridos, seja espontaneamente, ou pelo homem.
Apesar da grande variação de tamanho, cores, hábitats (e outras características) elas são agrupadas na mesma família, pois todas possuem uma estrutura floral idêntica, bem diferenciada das flores de outras plantas. Uma flor típica de orquídea possui três sépalas e três pétalas, sendo que uma destas é bem diferenciada das demais e possui o nome de labelo. O labelo possui a função principal de atrair insetos polinizadores, e em alguns casos, serve como “pista de pouso” para os mesmos.

Foto - Barbosela miersii

Quanto ao tamanho, elas podem variar de poucos milímetros, como no caso de Barbosela miersii, até 7,5 metros de altura, como na caso de Grammatophyllum speciosum.

Quanto ao habitat, elas podem ocupar os mais diversos ambientes, desde galhos de árvores a vários metros de altura, como o subsolo. Mas também ocupam locais úmidos, como lamaçais, ou muito secos, como locais arenosos e pedras. É importante lembrar que nenhuma orquídea é parasita de outras plantas, nem mesmo aquelas que vivem sobre as árvores. Elas só utilizam as mesmas como apoio, e sobrevivem absorvendo o nutriente e matéria orgânica que chegam às suas raízes.

Uma espécie muito curiosa é a Rhizanthella gardneri (foto ao lado), que se desenvolve e floresce inteiramente no subsolo. Ela é totalmente aclorofilada, e é saprófita, ou seja, obtém sua nutrição através da matéria orgânica em decomposição.



Espero que tenham gostado!! :D
________________________________________Ivan